Binho Ribeiro

Binho Ribeiro – Inquietude e Arte

Nascido na cidade de São Paulo em 1971, Fábio desde a infância demonstrava inquietação e alma artística. Aos 12 anos, participou de um concurso de arte que lhe possibilitou estudar desenho na escola Cândido Portinari. Em 1984 teve seus primeiros contatos com o graffiti que, desde sua adolescência, já era uma expressão cultural nos guetos de Nova Iorque e São Paulo que conquistava respeito entre os jovens. Aos 14 anos, andava de skate e dançava break. Nessa mesma época começou a ter seus desenhos e ideias expostas através de artes feitas em muros, camisetas e shapes do universo Skateboard e Hip Hop. Esse movimento encantou o jovem Fábio, que ainda não podia imaginar onde suas obras chegariam. As diversas semelhanças entres sua cidade natal e NYC influenciaram positivamente na formação da personalidade do artista Binho Ribeiro. Como toda novidade, a escolha não foi fácil, havia muito preconceito e dificuldade de encontrar lugares para pintar, já que naquela época o Graffiti era visto apenas como vandalismo. A necessidade de vencer barreiras e abrir a mente dos paulistanos para a expressão artística vinda das ruas era evidente. O caminho começou a ser traçado pela América do Sul, passando por países vizinhos à sua terra natal. Chile e Argentina foram os primeiros palcos que incrementaram o interesse em aprendizado em de vivências internacionais. Isto estimulou a busca por ampliar conhecimento e fez com que Binho passasse a de fato acreditar nesta missão. Anos 2000 – Início de uma nova era, um novo século. Nesse período, uma oportunidade de visitar no Japão levou-o ao outro lado do mundo. O ambiente de fábrica não era lugar para o inquieto grafiteiro, que logo encontrou sua tribo e foi fazer o que a alma de artista pedia: expressar suas ideias com arte. Manifestação que foi muito bem recebida pela moderna, porém rígida metrópole nipônica. Um ano de vivência no Japão serviu para acrescentar novas referências artísticas. De volta ao Brasil deu-se início ao período de novos conceitos e desafios. Influenciado pelo novo milênio, o público do graffiti crescia em várias direções: das paredes das ruas, guetos e vielas para grandes exposições e galerias de arte. Projetos ao redor do mundo dos mais variados segmentos passaram a atrelar suas criações ao graffiti. Ao voltar ao Japão em 2010 para participar de exposição no Museu de Arte Contemporânea de Osaka, teve a chance de vivenciar a evolução e as conquistas dos artistas locais. Logo em seguida, visitou Paris e a partir de então, pôde abrir uma série de viagens passando por cerca de 50 países, onde conheceu diferentes culturas, pessoas e estilos que enriquecerão seu universo criativo e cultual. Além da carreira como artista visual, Fábio é jornalista, curador, produtor cultural e entusiasta da street art mundial. O conhecimento adquirido, o respeito conquistado durante 40 anos de carreira do artista e contribuem para a história da arte urbana universal. Sem fronteiras nem limites, regras ou preconceitos, ao atingir maturidade e reconhecimento, abre portas e rompe barreiras.

Instagram: @binho3m

Algumas de suas principais participações como artista e curador:

. III Bienal Graffiti Fine Art (São Paulo/2015)
. Graffiti na Avenida 23 de Maio (São Paulo/2015)
. Túnel Avenida Rebouças (São Paulo/2014)
. Just Write My Name (Alemanha/2013)
. Wall Therapy (Estados Unidos/2013)
. One (Beirut/2013)
. Graffiti Fine Art (Estados Unidos/2013)
. Madonna / Keep Walking (São Paulo/2012)
. Momento Itália/Brasil (MUBE/SESC/CPTM/2012)
. Cubo/Arte – Câmara Municipal de São Paulo (São Paulo/2012)
. Museu Aberto de Arte Urbana (MAAU) (São Paulo/2011)
. Kosmo-Art-Tour (São Paulo/Rio de Janeiro/2011)
. Festival de Dança / Encontro das ruas (Joinville/2011/12/13)
. Expo pra Cachorro – Matilha Cultural (São Paulo/2011)
. Art For Japan (Tóquio/Paris/2011)
. 1º Bienal Internacional Graffiti Fine Art no MuBE (São Paulo/2009/2010)
. 1º Bienal Internacional de Graffiti em Belo Horizonte (Minas Gerais/2008)
. X-Games (Rio de Janeiro e São Paulo/2008/2009)
. GAS Festival (2007/2008)
. X-Treme (Chile/2008)
. Olhar nascente/Centenário da Imigração Japonesa (túnel Avenida Paulista/2007)
. 30hs CPTM (2007)
. Mural Tietê (2006)
. Hutuz (de 2003 a 2009)
. Boys Boys Boys (Alemanha/2013)
. GFA (Estados Unidos/2013)
. KGB (Amsterdam/2012)
. Do not Erase (Beijing/2012)
. Graffiti Maps (Paris/2011)
. Velorio (Estados Unidos/2011)
. Mural SESC Santana (Brasil/2011)
. Virada Sustentável (Brasil/2011)
. São Paulo/Jakarta (França/2011)
. Caso (Osaka/Japão 2011)
. JO Slaviero (Brasil/2010)
. Million Association (França/09)
. MARS (Estados Unidos/2009)
. Expo Rhino – Pixel Show (Ecko/2009)
. França Brasil (Brasília e MUBE (Brasil/2009)
. “Caligrafia” Choque Cultural (Brasil/2009)
. Virada Cultural MuBE (Brasil/2009)
. “Graffiti Fine Art” MuBE (Brasil/2009)
. Brasil/Japão “Toyart” (Brasil/2008)
. 400ml (França/2008)
. Carmichael Gallery (Estados Unidos/2008)
. Caixa Econômica (Brasil/2007)
. Circuito das Vacas (2007)
. Memorial da América Latina (Brasil/2006)
. Itaú Cultural (Brasil/2006)
. Santander Espaço Cultural (Brasil/2006)
. Choque Cultural (Brasil/2003)
. Las Chicas Tokyo (Japão/2000)
. Luz Tour Kioto/Niigata/Nagoya (Japão/2000)
. MIS (Brasil/1990/1991/1997)
. GFA Miami (2000)
. 50 anos graffiti (Berlin 2022)
. Art Basel / The House of Art (Miami/2023)
. Museu of graffiti (Miami2024)
. 3º Bienal Internacional Graffiti Fine Art no Pavilhar Brasileiro Ibirapuera (2014)
. 4º/5º Bienal Internacional Graffiti Fine Art no Memorial Ameria Latina (São
Paulo/20018/2020
. Itau Cultural / Àlem das Ruas (2023)

PARTICIPAÇÃO EM LIVROS:

. Pyrane (Paris/2013)
. Graffiti Fine Art (Brasil/2013)
. Graffiti São Paulo (Brasil/2013)
. Do Not Erase (China/2012)
. Tropical Graffiti (Brasil / 2010)
. Color Me (Alemanha/2010)
. Artq (França/2010)
. 400ml (França/2008)
. Graffiti Argentina (Argentina/2008)
. Graffiti Planet (Estados Unidos/2007)
. Graffiti São Paulo (Brasil /2006)
. Graffiti Brasil (Brasil/2005)
. Graffiti World (Reino Unido/2005)

PINTURAS EM PRÉDIOS:

. Beirut (2013)
. Radial Leste (São Paulo/2013)
. Festival de Dança (Joinville/2013)
. Wall Therapy (Rochester/2013)
. Cubo/Arte Câmara Municipal de São Paulo (São Paulo/2012)
. Mural Santana (São Paulo/2010)
. Santa Ephigenia (São Paulo/2014)
. Unliving (São Paulo/2018)
. São Bento (São Paulo/2019)
. Miami 2019
. Viadulto 9 de julho (São Paulo/2023)
CENOGRAFIAS (CINEMA/TV/TEATRO):
. Final – “Se Ela Dança Eu Danço” – SBT (2011)
. “Bark” – Teatro Ruth Escobar (2010)
. “Tempos Modernos” – Globo (2010)
. “Experiement” – Multishow (2009)
. “Criança Esperança” – Globo (2006)
. “O Magnata” (2006)
. “Antonias” (2006)
. “O Bicho de 7 Cabeças” (2001)
. “5 Poison” (Japão/2000)
. Red Bull Batalha do Forte (2012)

Os personagens do universo visual do artista são plenos de musicalidade. Parecem estar sempre a dançar com a flexibilidade de um gentil réptil que sobrevive às agruras da existência. Existe um jogo de cores e formas que conquista o olhar do observador com densidade e alegria.
Oscar D’Ambrosio