Gabriel Gombossy

Desde criança me encantava com as habilidades manuais do meu pai com a madeira, couro e afins.
Ficávamos horas na oficina criando, mexendo em ferramentas e consertando coisas do dia-a-dia. À medida que os anos foram passando, fui me interessando por arte, especialmente a africana, com toda sua exuberância de formas, cores, ritualidade e beleza não óbvia.
A paixão pelas artes foi tanta que em 2000 entrei na faculdade de Belas Artes da UFMG e me tornei bacharel em escultura.
A estética que o tempo imprime em todas as coisas é, para mim, uma permanente fonte de inspiração. Não por acaso sou adepto do uso de materiais que já carregam marcas de vida, de histórias que, a meu ver, agregam valor às peças. Toda a riqueza de possibilidades que objetos desgastados pelo tempo podem trazer ganha forma e valor no meu atelier em São Paulo.
Ao criar minhas obras, procuro sempre encontrar o sutil equilíbrio entre a rusticidade e a sofisticação. E essa é uma busca constante.

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Existe uma linguagem visual fortemente caracterizada pela busca de soluções criativas na composição, principalmente pela maneira como ocorre o diálogo entre os recortes propostos. Há a proposta estética de conceber uma ocupação do espaço significativa em sua potência, mas marcada pela leveza e pela dinâmica interna das linhas estabelecidas nas montagens.
Oscar D’Ambrosio